sexta-feira, 21 de abril de 2017

NINGUÉM É TÍMIDO!



Ninguém nasce tímido! Timidez não é uma característica inata. No máximo, existem tendências em ser introvertido; mas timidez é um estado e um comportamento construído.
E pode ser interessante entender melhor a timidez para que ela não se torne um obstáculo em nossas vidas e principalmente, para ser uma fonte de autoconhecimento capaz de nos fazer relembrar nosso valor.
Por trás de toda timidez, existe uma idéia próxima de “ não sou bom o suficiente” e um medo do julgamento, crítica e rejeição.  
O primeiro passo talvez seja entender que ninguém É tímido, mas que todos FICAMOS tímidos algumas vezes, variando a intensidade ou frequência com que isso acontece e o quanto isso influencia nossas vidas.
Muitas vezes assume-se esse rótulo e esse passa a ser parte da identidade de alguém, reforçando o comportamento.
Mas o fato é que todos podemos nos beneficiar em refletir sobre timidez.
É saudável e natural querermos ser aceitos, amados, reconhecidos e valorizados. O ser humano tem a necessidade de sentir-se conectado e sentir-se parte.
Mas quando nos sentimos de alguma forma vulneráveis e a resposta a esse sentimento é a timidez, caímos na armadilha de: querendo a aceitação do outro, não nos aceitar. Por medo de sermos rejeitados, rejeitarmos a nós mesmos primeiro. Por receio de sermos criticados, criticarmos duramente a nós mesmos.
Vulnerabilidade é geralmente associada à fraqueza e a timidez é um comportamento de fuga da constatação de que somos imperfeitos. Nesse sentido, podemos associar a timidez à orgulho, vaidade e melindre: necessidades de se mostrar perfeito.
E com isso nos distanciamos do desejo inicial que é nos sentirmos conectados. Pois é justamente a aceitação de nossa vulnerabilidade que nos faz humildes o suficiente para oferecer nossas imperfeições nos relacionamentos e aceitar as imperfeições dos outros. É o que nos conecta verdadeiramente.
Nosso valor existe além das imperfeições; e relembrar disso pode ser um caminho para aprender com a timidez. Nosso valor não está na perfeição, mas em sermos únicos. Nosso valor não está em não errar, mas no processo de construção momento a momento que a vulnerabilidade nos permite.
Um abraço, Rachel Coelho de Castro.

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