Esse texto foi inspirado no amor. E no desafio da comunicação pais e filhos.
Descobri que amor é muito mais
que um sentimento... é um conjunto de atitudes amorosas. Porque amar sem
demonstrar esse amor, é como um tesouro perdido no fundo do mar... sem muito
valor!
E uma atitude poderosa de amor é
a comunicação consciente e responsável que estabelecemos com nossos filhos. E
essa comunicação acontece bem além das palavras, mas principalmente por um
conjunto de atitudes amorosas de cuidado e atenção.
Ainda na gestação, podemos
começar a conversar com nossos filhos, e no quinto mês de gravidez, sabe-se que
o bebê pode escutar nossa voz.
Depois que o bebê nasce, a
comunicação acontecerá de muitas formas diferentes: pelo cheiro, pelo toque,
pelo olhar, pela alimentação ... e assim vamos construindo a comunicação e a
relação com nossos filhos.
Eles influenciam (e bagunçam)
nossa rotina, assim como também vão aprendendo sobre a rotina da família. E
essa rotina organizada (e outras vezes nem tanto) de cuidados com o bebê, já comunica
para ele que este é um ambiente seguro para se desenvolver.
Hábitos de higiene, alimentação e
sono também vão comunicando valores e criando conexões neurológicas básicas do
comportamento.
Depois, a partir do
desenvolvimento da linguagem falada, vamos nos comunicando também pelas
palavras. E queremos tanto que nossos filhos nos escutem !!!!
Temos agora a responsabilidade e
o desafio de ensinar, mas por vezes esquecemos que para ensinar é preciso
primeiro aprender. Porque nós, mães e pais, também estamos em processo de
construção e não temos todas as respostas. Somos a referência de nossos filhos,
mas não somos perfeitos.
E se você, como eu, se pega
muitas vezes brigando com seus filhos para que eles te escutem...parem e
reflitam comigo! Para ensinar é preciso aprender, assim como para ser escutado
é primeiro antes de tudo escutar atenta e verdadeiramente.
Queremos ser aceitos e respeitados
por nossos filhos!? Comecemos a aceitar nossos filhos exatamente como eles são:
com seus defeitos, dificuldades, erros, etc... E mais... que possamos não só
aceitar, mas agradecer por eles serem exatamente como são! Só assim poderemos
ter algum poder de influência sobre eles.
E sabe...é disso que se trata o
amor afinal... um relacionamento de troca! Na melhor das intenções, acreditamos
equivocadamente que devemos orientar nossos filhos, mas esquecemos que é
através do olhar atento à eles, ou seja, da orientação que eles próprios nos
dão, é que poderemos nos aproximar para construir e escolher juntos o caminho e
o caminhar.
As crianças falam mais por comportamentos
do que por palavras, e saber ouvi-las envolve buscar compreender as necessidades
por trás dos comportamentos que a criança apresenta, envolve compreender!
Que estejamos mais atentos e
interessados em seus comportamentos (e o que eles representam e querem dizer) e
menos preocupados em ditar regras e orientações para moldar este comportamento. E essa será sempre
a forma mais assertiva de comunicação: primeiro ouvir, primeiro aprender,
primeiro aceitar, primeiro respeitar, primeiro compreender!
Com carinho, Rachel.
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